dia 7, a redenção de Takayama
Matsumoto foi o primeiro sinal de cansaço do corpo. As viagens de autocarro do dia anterior, somadas à idade, ao jet-lag e a alguma imprudẽncia gastronómica, desembocaram em dores de coluna e indisposição, felizmente passageira.
Seguiu-se a travessia dos “Alpes Japoneses”, em autocarro prudentemente conduzido que, em raras ocasiões, passou dos 40 Km/h até chegar a Takayama.
A disposição com que comecei a caminhada pelas ruas da cidade não foi, confesso, entusiasmante. As ruas cheias de lojas e restaurantes, saturadas de turistas fizeram-me temer pela escolha. Mas Takayama, a sábia, levou-me, qual sonâmbulo, por ruas secundárias, vazias e autênticas despertando entusiasmo crescente pela cidade. O ponto alto, julgava então, seria a sucessão de templos onde monges cantavam ritmadamente, e cemitérios espalhados por terrenos diversos e até pequenos bosques esquecidos pelo tempo. Nada me preparou, no entanto para o Ryokan onde pernoitaríamos, para a experiência dos banhos comunitários, para o jantar japonês acompanhado de saké.
Ah Takayama, hei-de voltar. É uma promessa!
Takayama, 27 de Abril de 2024
Fujifilm X-T30ii | Fujifilm XF 10-24mm f4